quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Químicos 3.0: A Analítica...

... que se divide em quantitativa e qualitativa. Dia de falar da quali: aquela em que você tem que descobrir o que diabos tem na sua amostra.

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Historinha de um químico analista:

Outro dia, teve uma prova: descobrir os ânions que tinham na sua solução. Simples assim: toma. Descobre o que é.
Primeira etapa da aventura, após olhar detidamente para o tubo cheio até a metade com uma solução transparente: meça o pH. Se for muito baixo, você pode eliminar caras voláteis como o CN- e o S2- que viram o gás.
Quando o pobre químico mede o pH de sua amostra, o papel indicador mostra um belo e colorido 14.
O químico então senta e entra em desespero.
Em seguida, ele resolve colocar prata no tubo, para ver se algo precipita, facilitando sua identificação.
Ao colocar as primeiras gotas de nitrato de prata, o triste analista observa um violento carnaval de precipitados das mais variadas cores [até ocre!] que enfim assenta como um batalhão de precipitado preto ao fundo do tubo. Se fosse branco, ele poderia eliminar todos os precipitados pretos, tirando 4 opções da sua matriz, mas sendo o precipitado preto, ele não pode eliminar os brancos.
O químico então senta, entra em desespero e chora.
Terceira etapa: deve-se centrifugar o precipitado para então testá-lo com HNO3 para ver se o precipitado some.
Após a centrifugação o químico coloca HNO3. Não sai gás, o que quer dizer que 4 oportunidades acabam de ir por água abaixo: carbonato, bicarbonato, nitrito e hipoclorito. Para não perder a viagem, o químico resolve colocar o ácido em ebulição para tentar ver alguma mudança: sai uma fumaça ameaçadoramente castanha indicando que o ácido nítrico se reduziu [!!!] frente à maldita amostra. O precipitado que era negro [e que deveria sumir], fica amarelo esbranquiçado.
O químico então senta, entra em desespero, chora e bate a cabeça na parede.
Olhando para sua misteriosa inimiga amostra, o triste analista pega um pouco dela e coloca cálcio. Imediatamente precipita um sólido branco, o que deveria ser impossível se não houve desprendimento de gás com o ácido nítrico antes.
O químico então senta, entra em desespero, chora, bate a cabeça na parede e arranca o cabelo.
O desgraçado analista então prepara testes com iodo e iodeto para descobrir se os ânions presentes em sua amostra são oxidantes ou redutores: um é roxo, outro azul. Com uma gota da amostra, tanto o roxo quanto o azul descololorem imediatamente, indicando que a maldita amostra oxida E reduz [?????].
O químico então senta, entra em desespero, chora, bate a cabeça na parede, arranca o cabelo, enfia uma pipeta na barriga coloca ácido nítrico dentro e aquece.
Por fim, quando sai do hospital, o químico resolve observar sua matriz e as possibilidades que tem de passar de período com ela. Depois de um detido momento de tensão, ele nota que em sua amostra, por eliminação, só pode haver Sulfito, Tiossulfato e Cianeto. Ele então pergunta à professora se é isso mesmo. Ela diz que sim. O químico então dá um pulo de alegria, abraça-a e sai correndo do laboratório porque já são 7 da noite.

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Final feliz. Conclusão da história toda, quali é muito interessante :)


E enfim, é só.

Postulado by:
Yami Kishi
[AuCl4]-

........voltando pra casa, o químico lembra que em sua amostra tinha cianeto, e a primeira coisa que a pessoa ao seu lado fez no começo da análise foi cheirar sua amostra pra ver se tinha enxofre... cianeto, pulmão... xiiiii..............

Um comentário:

Lorena de Assis disse...

Bizarro..
ahuahauhuahauhauh