sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Em uma terra distante...

Léporas mirou as estrelas. Sabia que estava sendo seguido, e o pior, sabia quem queria sua cabeça.
- O que tanto procura lá em cima? – indagou Pilas
- Eles sabem sobre nós. Sabem o que fizemos e para onde vamos. E agora estão vindo recuperar o que lhes foi tomado.
- Ora, mas que brincadeira mais estúpida! Como pode saber disso? Tudo correu perfeitamente conforme o plano até agora.
- Eu apenas sei.
Pilas olhou para o amigo de infância. Entendia aquela situação. Sabia que Léporas era capaz de ver além do que um humano comum poderia desde o ocorrido...
- Você mais do que ninguém sabe que eu sinto tudo isso, não me faça perguntas que eu não consigo responder. – disse, num tom quase melancólico – Agora cale a boca, temos que correr! Sei de um lugar onde poderemos nos abrigar e ficar seguros por um tempo.
Na verdade ele não sabia de lugar algum, apenas tentava confortar o companheiro de jornada para que não entrasse em pânico. Desde que pusera as mãos naquela pedra sua vida havia se tornado um inferno, mas sabia que não poderia entregá-la aos Gouls, ao menos não sem uma boa luta. E para piorar, tinha as visões. Incontroláveis e arrebatadoras, tomavam seus pensamentos como um fantoche e lhe causavam uma dor aguda quando se mostravam.

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- Eu não agüento mais, minhas pernas não me obedecem! – gritava Pilas, agonizante.
- Vamos! Eu sinto que estão mais perto ago...
Sem conseguir terminar a frase, Léporas foi surpreendido por uma flecha que passou zumbindo em seu ouvido e cravou-se no tronco de uma cerejeira, seguida pelos gritos de 5 batedores Gouls.
- Malditos! Como puderam nos achar no meio desta mata fechada?
- Não sei, mas prepare-se para acertar umas cabeças.
Enquanto os soldados corriam ao seu encontro, Pilas sacou sua besta e desferiu 2 tiros certeiros contra os elmos negros dos inimigos.
- É muito ousado, rapaz! Dê-me a pedra e lhe prometo uma morte digna e indolor.
- Terá que provar suas habilidades contra mim antes, cão da noite. – disse Léporas, enquanto desembainhava sua espada de prata cravejada de safiras, presente do deus Heleneus em pessoa.
- Insolente!
Ao armar o ataque, o soldado foi surpreendido por um rápido golpe que lhe decepou o braço. Tendo então sua vida finda pelas mãos do guerreiro da espada prateada.
Enquanto o quarto batedor Goul encontrava seu fim ao ser atingido por outro dos tiros infalíveis de Pilas, o último saíra do campo de visão de Léporas com sua velocidade incomum e agora se escondia em algum lugar da floresta de Magrathea.
- Saia e me enfrente com bravura, soldado estúpido! – gritava enquanto brandia sua espada que reluzia, mesmo naquela escuridão.
Eis que então, inexplicavelmente, surge uma imensa claridade vinda detrás de diversas árvores gigantescas que se aglomeravam em um ponto da mata. Ao aproximarem-se do estranho fenômeno, os dois amigos foram surpreendidos com o corpo sem vida do batedor sendo arremessado por cima de suas cabeças.
Ao notar a fonte de tamanha luminosidade, Pilas não pode conter suas palavras e deixou escapar:
- Não é possível!! V-você?!!


Idealizado e escrito por
Mr. V

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Post POP

Outubro. O verão já está chegando, e com ele vem também o famoso calor de 40 graus do Rio. Isso se já não atingimos essa marca... Isso me fez lembrar de uma música do The Cure, que se chama justamente Hot Hot Hot. É uma música muito legal e tudo mais, mas pra falar a verdade não tem nada a ver com o meu post. De qualquer forma eu vou colocar o link do vídeo aqui pra que pelo menos saibam do que eu to falando... http://www.youtube.com/watch?v=owT5LDNoStE
Pois bem, amenidades a parte vou ao post propriamente dito.
O que quero dizer aqui é: todo esse calor é culpa nossa. Sim, culpa nossa. Não quero dizer que sem gente no mundo o verão não existiria, pelo contrário. Mas toda essa temperatura exacerbada que estamos sentindo se deve ao ataque sem pudores à pobre Mãe Natureza. Desmatamentos, destruição da camada de ozônio, poluição... Todos sabemos os motivos. Quem dera existisse um Capitão Planeta pra consertar tudo isso e fazer a Terra girar no seu eixo normal mais uma vez (e sem piadinhas com o garoto do anel de coração, hein). Mas isso é só um desenho... Porém, se bem lembrarmos, nesse desenho de criancinha existia uma mensagem muito séria por trás das aventuras sem sal, "a união de todos pode salvar o planeta". Pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade. Afinal, se fomos nós que bagunçamos tudo sem nem saber o que estávamos fazendo, está na hora de crescer e guardar os brinquedinhos no lugar certo, se é que me entendem.
Pra piorar a situação, os coitados dos animais (que não sabem nem o que é um planeta, quanto mais o que está acontecendo com o deles) também sofrem às nossas custas. É um realidade triste e um discurso repetido, mas se mesmo sabendo de tudo isso as pessoas continuam depredando sua própria casa, imaginem onde estaríamos se não soubéssemos as consequências de nossos atos... É, acho que não estaríamos...
Pois então, mesmo que você não ache que possa mudar o mundo, faça sua pequena parte e já estará ajudando. Pense bem, imagina se o Sódio achasse que não faz nada de importante no nosso corpo e sumisse... Adeus bomba de Na/K! Adeus vida!
E só pra finalizar esse texto engajado, ouçam The Cure! É uma ótima banda!!! hehe

Mr. V

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Químicos 3.0: A Analítica...

... que se divide em quantitativa e qualitativa. Dia de falar da quali: aquela em que você tem que descobrir o que diabos tem na sua amostra.

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Historinha de um químico analista:

Outro dia, teve uma prova: descobrir os ânions que tinham na sua solução. Simples assim: toma. Descobre o que é.
Primeira etapa da aventura, após olhar detidamente para o tubo cheio até a metade com uma solução transparente: meça o pH. Se for muito baixo, você pode eliminar caras voláteis como o CN- e o S2- que viram o gás.
Quando o pobre químico mede o pH de sua amostra, o papel indicador mostra um belo e colorido 14.
O químico então senta e entra em desespero.
Em seguida, ele resolve colocar prata no tubo, para ver se algo precipita, facilitando sua identificação.
Ao colocar as primeiras gotas de nitrato de prata, o triste analista observa um violento carnaval de precipitados das mais variadas cores [até ocre!] que enfim assenta como um batalhão de precipitado preto ao fundo do tubo. Se fosse branco, ele poderia eliminar todos os precipitados pretos, tirando 4 opções da sua matriz, mas sendo o precipitado preto, ele não pode eliminar os brancos.
O químico então senta, entra em desespero e chora.
Terceira etapa: deve-se centrifugar o precipitado para então testá-lo com HNO3 para ver se o precipitado some.
Após a centrifugação o químico coloca HNO3. Não sai gás, o que quer dizer que 4 oportunidades acabam de ir por água abaixo: carbonato, bicarbonato, nitrito e hipoclorito. Para não perder a viagem, o químico resolve colocar o ácido em ebulição para tentar ver alguma mudança: sai uma fumaça ameaçadoramente castanha indicando que o ácido nítrico se reduziu [!!!] frente à maldita amostra. O precipitado que era negro [e que deveria sumir], fica amarelo esbranquiçado.
O químico então senta, entra em desespero, chora e bate a cabeça na parede.
Olhando para sua misteriosa inimiga amostra, o triste analista pega um pouco dela e coloca cálcio. Imediatamente precipita um sólido branco, o que deveria ser impossível se não houve desprendimento de gás com o ácido nítrico antes.
O químico então senta, entra em desespero, chora, bate a cabeça na parede e arranca o cabelo.
O desgraçado analista então prepara testes com iodo e iodeto para descobrir se os ânions presentes em sua amostra são oxidantes ou redutores: um é roxo, outro azul. Com uma gota da amostra, tanto o roxo quanto o azul descololorem imediatamente, indicando que a maldita amostra oxida E reduz [?????].
O químico então senta, entra em desespero, chora, bate a cabeça na parede, arranca o cabelo, enfia uma pipeta na barriga coloca ácido nítrico dentro e aquece.
Por fim, quando sai do hospital, o químico resolve observar sua matriz e as possibilidades que tem de passar de período com ela. Depois de um detido momento de tensão, ele nota que em sua amostra, por eliminação, só pode haver Sulfito, Tiossulfato e Cianeto. Ele então pergunta à professora se é isso mesmo. Ela diz que sim. O químico então dá um pulo de alegria, abraça-a e sai correndo do laboratório porque já são 7 da noite.

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Final feliz. Conclusão da história toda, quali é muito interessante :)


E enfim, é só.

Postulado by:
Yami Kishi
[AuCl4]-

........voltando pra casa, o químico lembra que em sua amostra tinha cianeto, e a primeira coisa que a pessoa ao seu lado fez no começo da análise foi cheirar sua amostra pra ver se tinha enxofre... cianeto, pulmão... xiiiii..............

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Meios-Químicos... / Número de Coordenação

...o que não quer dizer, de jeito nenhum, químicos serrados pela metade por algum tipo de psicopata-aluno-de-escola-americana-que-cansou-de-matar-todos-os-alunos-e-agora-resolveu-serrar-químicos-porque-tá-de-recuperação.
Meios-químicos porque hoje, dia do químico, por sinal, Mister V e D.K. se tornam oficialmente 50% químicos =)

*momento palmas, coisa e tal*

Então... pra comemorar, nada melhor que um post~ulado.
Primeiro período...... parecia que tudo ia ser uma grande festa... nada mais complicado que propriedades períodicas e coisas do gênero... químicos em formação, mas noobs, muito noobs...
Segundo período...... muitas coisas emocionantes, reações, e, no final, estequiometria \o/
Terceiro período...... Inorg: química geral advance... Muitas novidades de tirar o fôlego, como o enxofre fazendo SEIS ligações... Fisqui: Estequiometria advance... Guerra pra não ficar de recuperação, mas ainda assim, é legal no meio de muitas contas... Orgânica: Tá... sem comentários ¬¬
Quarto período..... Inorg 2 pra completar nossos conhecimentos de químico, Fisqui 2 pra nos mostrar o quanto uma pilha pode atrapalhar sua vida e Org 2 pra quem achava q orgânica era patético.

Agora o post, em si...

Número de coordenação!

Voltando, pela MOL~ésima vez, a falar de complexos, agora vamos nos focar no número de coordenação...
No fantástico mundo dos complexos, existem de seis ligantes, de dois ligantes, de quatro ligantes... uma infinidade de números de coordenação. Considere-se como um ligante.

O que é um ligante? Para a química dos complexos, um ligante é um ponto material dotado de carga negativa.

Portanto, imagine-se como alguém que, por alguma razão, está com carga negativa. Essa pessoa vai de encontro a um metal, que no caso é um ponto material com carga positiva pra dar e vender. Como eu disse antes, um metal pode ter vários números de coordenação, ou seja, pode se ligar a muitos ou poucos ligantes. Você, como ligante.

É como se existissem pessoas "muito complexas" de 6 ligantes... pessoas "mais ou menos complexas" de 4 ligantes e pessoas "nada complexas" de 2 ligantes... como se fosse o número de ligações/interações q você pode ter/fazer com essa pessoa. Portanto, o ideal para quando você tiver cargas negativas é procurar o metal que tenha mais coisas em comum [mais pontos de coordenação] com você.

Na verdade, existem dois complexos em particular, o hidreto de rênio e de tecnécio, que tem o número de coordenação igual a 9. Esse complexo é o auge.... Quando você sentir a carga negativa, o que você tem a fazer é procurar o tecnécio e o rênio... quando você estiver perto dos seus Tc's e dos seus Re's, pode ter certeza, sua carga será bem administrada.

Pode ser que no seu período, na sua família, todos tendam a formar complexos que simplesmente não tenham pontos de coordenação o suficiente com você... É essa a hora de ir atrás do seu rênio [metal raro, mas natural] e tecnécio [artificial... talvez você mesmo tenha que criar o seu] para se estabilizar.

Quando você finalmente achar seus metais, o que você deve fazer é aumentar a concentração nos tubos deles para favorecer a complexação e aumentar o Kf disso tudo. Resultado: você libera energia!

Bem, é basicamente isso... Aguardem o raio do post de piadas que nunca fica pronto... XD

E não esqueça, é sempre bom parar, de vez em quando, e pensar "Quem é meu Rênio e meu Tecnécio?"

Sem mais transições de orbitais D, [??] fico por aqui.

Yami Kishi ou
Tetracloroaurato III menos um, AQUOSO.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Íons complexos, finalmente.

Sempre Tão Complexo...
[Ouvindo Led, ainda de ressaca do show do Ozzy e me arrumando pra aula: Inorg, pra variar]

Todos nós temos dias em que bate o pensamento "estou complexado". Esse pensamento, por sua vez, é muito mais complexo do que se imagina. É hora de um postulado complexo sobre os Íons Complexos.

Pra começar, um íon complexo, ou composto de coordenação, é uma substância em que um metal se liga a uma porção de ligantes, formando um composto com um metal no centro e ligantes a sua volta. Parece simples até que se depare com nomes do tipo trans-bisetilenodiaminodicarboniloferro III. Nada agradável. E quando os primeiros químicos viram esses compostos estranhos com nomes estranhos, (que na verdade era um simples hexaaminocobalto III) eles disseram "É, isso é complexo.". O nome pegou, e assim surgiram os íons complexos, o auge da química inorg.

É comum ouvir a piadinha "inorg é metaaaal" seguido por pessoas fazendo \../_ com as mãos. Mas, no fundo, esse metaaaal todo está no centro de compostos de coordenação. Além disso, os tais complexos metálicos são encontrados no nosso organismo! Biólogos e químicos orgânicos costumam dizer que a orgânica é a "química da vida", mas é absurdamente difícil produzir organismos com mais de uma célula sem complexos "organometálicos". Pode esfregar isso na cara de biólogos, caso você não goste deles: "a base da vida é o metaaaal \../_ " Afinal, até a hemoglobina é um complexo de ferro.

Bem, voltando aos complexos, em geral eles são os responsáveis por grande parte das piadas químicas de qualidade, porque tem várias propriedades:Exemplo: "Você quer cor intensa? Novo Seda Campo Forte,vida nova ao COMPLEXO capilar."
Sim, dá pra ficar um dia inteiro falando abobrinha sobre complexos, mas isso não vem ao caso. Até porque a matéria é enorme, e explicar a [falta de] graça de todas iria demorar demais.Vamos direto ao assunto que interessa: Uma reação de complexação. Por mais estranho que pareça o nome, as substâncias parecem gostar de complexar-se, já que a constante de formação de complexos geralmente tem valores do tipo 10²² ou coisas do tipo. Isso nos leva a pensar que pessoas que tem carga positiva atraem um grande número de pessoas com carga negativa e interagem entre si fortemente, gerando enormes benefícios para todo mundo. Portanto, se você tem caráter metálico e vive positivo, interaja mais com pessoas negativas, deixe-as à sua volta e todos liberarão energia. E, pelo contrário, se você for uma pessoa negativa, arranje mais umas cinco pessoas negativas pra rodearem uma pessoa positiva que pegue esses elétrons sobrando em você.Bem, agora eu preciso ir, tenho aula de inorg daqui a pouco.E por fim, mais uma piadinha complexa: "Empinar pipa é fácil, mas fazer um quadrado planar é complexo!!"

*Aguardem um post só de piadinhas toscas =)*

By Yami Kishi, D.K. , [AuCl4]- ou qualquer coisa assim.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ressonância Social

Ressonância Social
[Depois de muito tentar, eu chego à conclusão que não dá pra colocar coisas subscritas/sobrescritas aqui¬¬]
Ouvindo - Ozzy [*Preparando para o show*]
Postulado:

Ressonância. Fenômeno que [os cientistas-san acham que] acontece em moléculas com mais de uma estrutura de Lewis possível.
Tudo começa com a história triste da partida do hidrogênio do ácido nítrico. Antes, eram um HNO3 feliz, alegre e contente. Agora, já na forma ionizada NO3-, há uma carga sobre o oxigênio que foi abandonado pelo H+, restando apenas o elétron do mesmo. Pobre oxigênio. Porém, não é bom para a molécula ter um oxigênio emo lamentando a partida de seu parceiro cuja massa atômica costuma ser 1. Para que isso não aconteça, em certo momento, o oxigênio com dupla ligação rouba o par da ligação pi, ficando com a carga do emo para si. Em compensação, o emo fará uma segunda ligação, diminuindo sua carga deprimente.
O problema é que o oxigênio compreensivo que resolveu ajudar o oxigênio solitário recebe a carga negativa para si. Por sua vez, o terceiro oxigênio que ainda não apareceu na história eventualmente vai fazer a mesma coisa que seu vizinho compreensivo fez. Resultado: A carga negativa que o hidrogênio ingrato deixou ao ir embora vai se revezando em cada um dos oxigênios da molécula, três no caso do nitrato. No final das contas, todas as três ligações vão ser iguais, um intermédio entre ligação simples e dupla, em que todos os três oxigênios têm uma parcela da carga negativa. Isso de certa forma estabiliza o composto, como é o caso do benzeno, que por ressonância tem diversos elétrons paralelos à molécula que "pertencem" aos seis carbonos.

Enfim, todos devem estar se perguntando por que diabos o postulado se chama "ressonância social" se só fala de ressonância. É que toda essa abobrinha de oxigênios emos e etc pode ser passada pra vida real. Não que emos façam ressonância entre si, já que todos têm carga (Negativa). Mas em um grupo "ácido nítrico" de pessoas, em que um dos oxigênios tenha uma ligação um pouco mais colorida com o hidrogênio, pode acontecer do hidrogênio ser ionizado por um alguém qualquer e deixar o grupo/composto com uma bela carga negativa pra tratar. E que, por efeito de ressonância, tende a se espalhar por todas as pessoas/oxigênios do nitrato. Nada agradável. Para evitar ionizações indesejáveis que provocarão, por ressonância, uma pseudo-carga negativa nas suas costas, procure formar grupos/compostos que não tenham tendência ácida. Por exemplo: O grupo/composto amônia está sempre disponível a receber mais um elemento, no caso, o Sr. Hidrogênio (Me fez lembrar a piada do Sr. Hidrogênio Pontes^^). Diferentemente das pessoas que ficam mal com a saída do H+ no ácido nítrico, o pessoal da amônia fica com carga positiva ao receber o H+.

Pra resumir, a ressonância social é o efeito de "descentralização de carga" que acontece em uma molécula/grupo de pessoas que por alguma razão foram ionizados. Até ajuda, evitando que a carga fique sobre uma só pessoa, mas ainda assim, é melhor evitar. Cuide bem dos átomos da sua molécula de amigos, pois nunca se sabe quando vai vir um elemento junto com vários catalisadores pra tentar ionizá-la.

[Dedicado a 4 elementos ionizados período passado, por uma base de Lewis forte demais =/]

Post by [AuCl4]-, ou Juliano :)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Rio de Janeiro

O Rio De Janeiro...

Esse é um postulado duplo, escrito pelas duas pessoas metidas a escritores desse blog. Ele não tem a ver com química, mas é nosso e valeu o 10 no nosso G2 de geografia. ^^
Aí vai:


“O Rio de Janeiro continua lindo”. Cantado em verso e prosa, o clima de festa carioca sempre foi motivo de curiosidade.
O que poucos sabem porém, é o que acontece no raiar da lua, no underground carioca. Um mar de seres se joga às ruas, tortos, já gastos apesar da pouca idade, vítimas (seriam mesmo?) de uma vida agonizante nos becos escuros. Eles saem à procura de alimento, a procura de alguém a quem servir. Bichos escrotos que vagam pela penumbra, o dia é seu inimigo. Ao nascer do sol recolhem-se feito baratas pelas frestas apertadas entre os olhares de repúdio fingido.
São verdadeiros castelos de areia, construídos para durarem somente algumas horas. Um reino proibido que atrai os santos-de-pau-oco. E refestelam-se entre peitos e coxas e coroas de canábis. A noite dos contrastes (não que o dia não os possua) em que de um lado uma bandinha desconhecida toca música ao vivo no point mais badalado da cidade, e de outro um fétido indivíduo exige ser notado.

-- Trecho by Mr. V

Muitos que vêm de fora do Rio tem uma visão curiosa sobre a cidade que resolveram visitar: Alguns imaginam um paraíso tropical utópico onde todas as mulheres são louras de biquíni tomando sol em Copacabana e todos os homens têm vinte e três anos, um metro e noventa de altura e barriga tanquinho. Outros vêem a cidade como um inferno muito pior que as guerras no oriente médio, onde se anda pela rua desviando de balas e pulando cadáveres, e o ambiente cheira a maconha e pólvora.

A verdade é que, enquanto nenhum dos dois pontos de vista está correto, ambos são visões aproximadamente realistas do Rio de Janeiro de hoje em dia. Embora ainda não se ande por aí pisando em cadáveres, nem tudo é um “Bossa Nova dream”. De manhã, as praias fervilham de juventude e beleza; o Cristo refulge de braços abertos para todos e a cidade inteira apresenta um ar de utopia tropical. De noite, o som dos carros indo e vindo pela avenida Brasil é substituído por distantes “tunt-tunt” vindos das raves; e fulguram luzes vermelhas nos prostíbulos.

As estrelas trazem consigo uma mudança drástica na Cidade maravilhosa. Enquanto o dia-a-dia pode ser confundido com mais um filme estadunidense relatando a América latina tropical, o noite-a-noite revela uma estranha faceta em que diversão é sinônimo de ecstasy, felicidade é sinônimo de R$50,00 a hora e as ruas são sinônimo de dormitórios.

Enquanto isso, no palácio do planalto e arredores, o Rio parece mais esquecido que a cidade perdida de Tenochtitlán. Enquanto saboreiam suas pizzas, os políticos discutem todo o tipo de devaneio, em que, contudo, ninguém parece se lembrar do que um dia foi a capital do império, e agora é a capital do turismo, do tráfico, do lazer, da violência...

Desta forma, é mais do que necessário levantar um debate sobre o lado “oculto” da cidade que todos insistem em chamar de maravilhosa. Fica a critério de cada um classificar a cidade de contrastes como achar mais adequado.


-- Trecho by Yami Kishi (Ou Juliano, tanto faz...)