quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Rio de Janeiro

O Rio De Janeiro...

Esse é um postulado duplo, escrito pelas duas pessoas metidas a escritores desse blog. Ele não tem a ver com química, mas é nosso e valeu o 10 no nosso G2 de geografia. ^^
Aí vai:


“O Rio de Janeiro continua lindo”. Cantado em verso e prosa, o clima de festa carioca sempre foi motivo de curiosidade.
O que poucos sabem porém, é o que acontece no raiar da lua, no underground carioca. Um mar de seres se joga às ruas, tortos, já gastos apesar da pouca idade, vítimas (seriam mesmo?) de uma vida agonizante nos becos escuros. Eles saem à procura de alimento, a procura de alguém a quem servir. Bichos escrotos que vagam pela penumbra, o dia é seu inimigo. Ao nascer do sol recolhem-se feito baratas pelas frestas apertadas entre os olhares de repúdio fingido.
São verdadeiros castelos de areia, construídos para durarem somente algumas horas. Um reino proibido que atrai os santos-de-pau-oco. E refestelam-se entre peitos e coxas e coroas de canábis. A noite dos contrastes (não que o dia não os possua) em que de um lado uma bandinha desconhecida toca música ao vivo no point mais badalado da cidade, e de outro um fétido indivíduo exige ser notado.

-- Trecho by Mr. V

Muitos que vêm de fora do Rio tem uma visão curiosa sobre a cidade que resolveram visitar: Alguns imaginam um paraíso tropical utópico onde todas as mulheres são louras de biquíni tomando sol em Copacabana e todos os homens têm vinte e três anos, um metro e noventa de altura e barriga tanquinho. Outros vêem a cidade como um inferno muito pior que as guerras no oriente médio, onde se anda pela rua desviando de balas e pulando cadáveres, e o ambiente cheira a maconha e pólvora.

A verdade é que, enquanto nenhum dos dois pontos de vista está correto, ambos são visões aproximadamente realistas do Rio de Janeiro de hoje em dia. Embora ainda não se ande por aí pisando em cadáveres, nem tudo é um “Bossa Nova dream”. De manhã, as praias fervilham de juventude e beleza; o Cristo refulge de braços abertos para todos e a cidade inteira apresenta um ar de utopia tropical. De noite, o som dos carros indo e vindo pela avenida Brasil é substituído por distantes “tunt-tunt” vindos das raves; e fulguram luzes vermelhas nos prostíbulos.

As estrelas trazem consigo uma mudança drástica na Cidade maravilhosa. Enquanto o dia-a-dia pode ser confundido com mais um filme estadunidense relatando a América latina tropical, o noite-a-noite revela uma estranha faceta em que diversão é sinônimo de ecstasy, felicidade é sinônimo de R$50,00 a hora e as ruas são sinônimo de dormitórios.

Enquanto isso, no palácio do planalto e arredores, o Rio parece mais esquecido que a cidade perdida de Tenochtitlán. Enquanto saboreiam suas pizzas, os políticos discutem todo o tipo de devaneio, em que, contudo, ninguém parece se lembrar do que um dia foi a capital do império, e agora é a capital do turismo, do tráfico, do lazer, da violência...

Desta forma, é mais do que necessário levantar um debate sobre o lado “oculto” da cidade que todos insistem em chamar de maravilhosa. Fica a critério de cada um classificar a cidade de contrastes como achar mais adequado.


-- Trecho by Yami Kishi (Ou Juliano, tanto faz...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Amnésia!

Eu podia jurar pelo meu dedinho do pé esquerdo que eu já tinha comentado.

Deve ser culpa daqueles cogumelos australianos que eu andei comendo essa semana.

Enfim...

"- Oi."








[Mentirinha...]